Lipo a laser (fonte revista época):
Apesar da evolução das técnicas, não existe cirurgia sem riscos. Por mais que a lipoaspiração seja vendida com adjetivos atraentes como smart (esperta) ou light (leve), ela não é um procedimento cosmético simples como uma limpeza de pele. É uma cirurgia como outra qualquer, com perigos nada desprezíveis: choque anafilático, infecções, necrose da pele, embolia p...ulmonar, que pode ser fatal. No caso específico da lipo a laser, podem ocorrer mais alguns problemas.Um deles é o risco de queimadura da pele, como aconteceu com a enfermeira americana Stephanie Holden. Ela ficou com a pele do pescoço queimada por duas semanas, de acordo com as fotos horríveis que circulam na internet. Stephanie serviu de voluntária na clínica de cirurgia plástica em que trabalha no Estado do Texas. “Durante um mês e meio ainda senti dores”, diz a enfermeira. O médico decidiu não adotar o aparelho.
A cirurgiã plástica Bárbara Barcaro Machado, chefe da equipe médica da clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro, diz que o laser derrete a gordura de maneira grosseira. Por isso, pode queimar a pele. Outro problema é a promessa de redução da flacidez. “A estimulação excessiva do colágeno pode causar retração dos tecidos. A cicatrização fica irregular”, diz Bárbara. O sangramento reduzido por causa do laser é outro ponto questionado. “Cauterizar os vasos sanguíneos pode necrosar a pele.”
A maioria dos médicos consultados por ÉPOCA mostrou-se cética. A cânula de apenas 1 milímetro pode entupir com a gordura, segundo a cirurgiã plástica Célia Sampaio Costa, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. Isso poderia causar uma emergência no meio do procedimento. Célia também condena a idéia de liberar rapidamente o paciente para as atividades cotidianas. “O organismo precisa de pelo menos 72 horas para se recompor”, diz. Na opinião de Osvaldo Saldanha, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ainda não apareceu nada melhor que a lipoaspiração clássica, criada há mais de 25 anos. “A técnica com laser é vendida como algo pouco agressivo. Mas é lipoaspiração do mesmo jeito”, afirma.
Como ocorre com qualquer inovação na área médica, só o tempo vai mostrar se a lipo a laser é eficaz e segura. A comprovação depende de estudos clínicos que duram de dez a 20 anos. “Os sete anos de pesquisa com SmartLipo não são suficientes para nos dar todas as respostas”, diz Bárbara. Se os melhores especialistas têm dúvidas sobre a nova técnica, os pacientes deveriam ser ainda mais cautelosos. A nova lipo vai virar assunto nas rodas femininas. É bom estar bem informada para poder opinar. Daí a transformar o corpinho em campo de testes é outra história.
Apesar da evolução das técnicas, não existe cirurgia sem riscos. Por mais que a lipoaspiração seja vendida com adjetivos atraentes como smart (esperta) ou light (leve), ela não é um procedimento cosmético simples como uma limpeza de pele. É uma cirurgia como outra qualquer, com perigos nada desprezíveis: choque anafilático, infecções, necrose da pele, embolia p...ulmonar, que pode ser fatal. No caso específico da lipo a laser, podem ocorrer mais alguns problemas.Um deles é o risco de queimadura da pele, como aconteceu com a enfermeira americana Stephanie Holden. Ela ficou com a pele do pescoço queimada por duas semanas, de acordo com as fotos horríveis que circulam na internet. Stephanie serviu de voluntária na clínica de cirurgia plástica em que trabalha no Estado do Texas. “Durante um mês e meio ainda senti dores”, diz a enfermeira. O médico decidiu não adotar o aparelho.
A cirurgiã plástica Bárbara Barcaro Machado, chefe da equipe médica da clínica Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro, diz que o laser derrete a gordura de maneira grosseira. Por isso, pode queimar a pele. Outro problema é a promessa de redução da flacidez. “A estimulação excessiva do colágeno pode causar retração dos tecidos. A cicatrização fica irregular”, diz Bárbara. O sangramento reduzido por causa do laser é outro ponto questionado. “Cauterizar os vasos sanguíneos pode necrosar a pele.”
A maioria dos médicos consultados por ÉPOCA mostrou-se cética. A cânula de apenas 1 milímetro pode entupir com a gordura, segundo a cirurgiã plástica Célia Sampaio Costa, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. Isso poderia causar uma emergência no meio do procedimento. Célia também condena a idéia de liberar rapidamente o paciente para as atividades cotidianas. “O organismo precisa de pelo menos 72 horas para se recompor”, diz. Na opinião de Osvaldo Saldanha, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, ainda não apareceu nada melhor que a lipoaspiração clássica, criada há mais de 25 anos. “A técnica com laser é vendida como algo pouco agressivo. Mas é lipoaspiração do mesmo jeito”, afirma.
Como ocorre com qualquer inovação na área médica, só o tempo vai mostrar se a lipo a laser é eficaz e segura. A comprovação depende de estudos clínicos que duram de dez a 20 anos. “Os sete anos de pesquisa com SmartLipo não são suficientes para nos dar todas as respostas”, diz Bárbara. Se os melhores especialistas têm dúvidas sobre a nova técnica, os pacientes deveriam ser ainda mais cautelosos. A nova lipo vai virar assunto nas rodas femininas. É bom estar bem informada para poder opinar. Daí a transformar o corpinho em campo de testes é outra história.
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